Manuscritos Bíblicos
Manuscritos Bíblicos
Dramaticamente, quando os manuscritos bíblicos são comparados com outras obras antigas, a Bíblia ocupa sozinha a posição de melhor conservada obra literária de toda a antiguidade. Surpreendentemente, há milhares de manuscritos e fragmentos existentes do Antigo Testamento que foram copiados por todo o Oriente Médio, assim como na região mediterrânea e europeia, que concordam um com o outro de forma fenomenal.1 Além disso, esses textos substancialmente estão de acordo com a versão da Septuaginta do Velho Testamento, a qual foi traduzida do hebraico para o grego durante algum tempo no terceiro século AC.2 Os Pergaminhos do Mar Morto, descobertos em Israel na metade do século XX, também fornecem evidências surpreendentes para a confiabilidade da transmissão primitiva da Bíblia judaica (Antigo Testamento) no primeiro, segundo e terceiro séculos AC.3
A evidência de manuscrito para o "Novo Testamento" é também dramática, com cerca de 25.000 manuscritos antigos descobertos e arquivados até agora, dos quais pelo menos 5.600 são cópias e fragmentos do original em grego.4 Alguns textos dos manuscritos remontam ao início do segundo e terceiro séculos, com o tempo entre os autógrafos originais e o nosso fragmento existente mais recente sendo extremamente curto – cerca de 40-60 anos.5
Curiosamente, esta prova de manuscrito ultrapassa em muito a confiabilidade dos manuscritos de outras obras antigas que enxergamos como autênticas hoje. Dê uma olhada nas comparações a seguir: o livro de Júlio César chamado de "As guerras Gálicas" (10 manuscritos permanecem, com a cópia mais antiga sendo de cerca de 1.000 anos depois da obra original); “História”, escrita por Plínio, o Jovem (7 manuscritos; 750 anos decorridos), “História de Tucídides" (8 manuscritos; 1.300 anos decorridos), “História” de Heródoto (8 manuscritos; 1.350 anos decorridos), Platão (7 manuscritos; 1.300 anos decorridos) e Anais de Tácito (20 manuscritos; 1000 anos).6
Renomado estudioso bíblico F.F. Bruce declara:
Não há corpo de literatura antiga no mundo que goze de uma tão grande riqueza de comprovação textual como o Novo Testamento.7
A
Ilíada de Homero, o livro mais famoso da antiga Grécia, é a segunda melhor preservada obra literária de toda a antiguidade, com 643 cópias de manuscritos descobertos até à data. Nestas cópias, há 764 linhas de texto disputadas, comparada com apenas 40 linhas em todos os manuscritos do Novo Testamento.
8Na verdade, muitas pessoas não estão cientes de que não existem manuscritos sobreviventes de uma só sequer das 37 obras de William Shakespeare (escritas no século XVII) e que os estudiosos têm sido obrigados a preencher algumas lacunas nessas obras.
9 Isso se empalidece em comparação textual com as mais de 5.600 cópias e fragmentos do Novo Testamento no grego original que, juntos, garantem-nos que nada foi perdido. De fato, todos os excertos do Novo Testamento (com exceção de 11 versículos) podem ser reconstruídos fora da Bíblia, a partir dos escritos dos primeiros líderes da igreja nos séculos II e III DC.
10Em termos reais, o Novo Testamento é facilmente a mais atestada obra antiga em termos do grande número de documentos, do intervalo de tempo entre os eventos e os documentos e da variedade de documentos disponíveis para sustentá-la ou contradizê-la. Não há nada em na evidência de manuscrito de outras obras primitivas que se iguale a tal disponibilidade e integridade textuais.11
A disciplina acadêmica de "
crítica textual" nos assegura que as traduções da Bíblia que temos hoje são essencialmente as mesmas que os manuscritos antigos da Bíblia, com exceção de algumas discrepâncias inconsequentes que foram introduzidas ao longo do tempo através de erro dos copistas. Em primeiro lugar, devemos lembrar que a Bíblia foi copiada à mão por centenas de anos antes da invenção da imprensa. No entanto, o texto é extremamente bem preservado. Mais uma vez, eu pensei - das aproximadamente 20 mil linhas que compõem o Novo Testamento inteiro, apenas 40 linhas são causas de dúvida. Essas 40 linhas representam um quarto de um por cento de todo o texto e não afeta de forma alguma o ensino e a doutrina do Novo Testamento. Voltei a fazer uma comparação com a
Ilíada de Homero. De cerca de 15.600 linhas que compõem o clássico de Homero, 764 linhas causam dúvida. Estas 764 linhas representam mais de 5% de todo o texto, e ainda assim ninguém aparenta questionar a integridade geral dessa obra antiga.
Para a minha surpresa, descobri que a Bíblia é melhor preservada - de longe - do que outras obras antigas que tinha lido e aceito ao longo dos anos, como Homero, Platão e Aristóteles. No que diz respeito à minha interpretação da teoria "de uma interpolação de uma tradição oral", achei que a Bíblia não foi alterada ou interpretada a partir de fontes de textos antigos. Simplesmente à medida que a Bíblia foi levada de país a país, ela foi traduzida em línguas que não necessariamente espelham as línguas originais do grego, hebraico e aramaico. No entanto, com exceção de algumas diferenças gramaticais e culturais, os "
manuscritos bíblicos" são absolutamente fiéis à sua forma e conteúdo originais, e surpreendentemente bem preservados em suas traduções diferentes.
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1 Josh McDowell, The New Evidence that Demands a Verdict, Thomas Nelson Publishers, 1999, 71-73.
2 Josh McDowell, Evidence that Demands a Verdict, vol.1, Thomas Nelson Publishers, 1979, 58-59.
3 Ibid. 56-57.
4 McDowell, The New Evidence that Demands a Verdict, 34-36.
5
John Ryland's Gospel of John fragment, John Ryland's Library of Manchester, England. Veja também, Ibid., 38.
6 McDowell, Evidence that Demands a Verdict, vol.1, 42.
7 F.F. Bruce, The Books and the Parchments: How We Got Our English Bible, Fleming H. Revell Co., 1950, 178.
8 Norman L. Geisler and William E. Nix, A General Introduction to the Bible, Moody, Chicago, Revista e Atualizada 1986, 366-67.
9 http://shakespeare.com/faq/, Dana Spradley, Editora, 2002.
10 McDowell, Evidence that Demands a Verdict, vol. 1, 50-51.
11 Ravi K. Zacharias, Can Man Live Without God? Word Publishing, 1994, 162.